Geralmente a
hipertrofia torna-se evidente após 3-4
semanas de treino com resistência
(1,2,3), no entanto períodos de destreinamento devem ser também considerados. Um estudo
examinou treino e destreino em 4 sujeitos durante 100 dias. O ritmo
de atrofio observado durante a fase de destreino (40 dias) foi o mesmo que
ritmo de hipertrofia na fase de treino (60 dias) (4).
Outro estudo
examinou sujeitos de várias faixas etárias e sexo usando o mesmo estímulo de
treino relativo (5). Após 9 semanas de
treino o volume muscular aumentou 2
vezes mais para os homens que em mulheres (em todas as faixas etárias), mas
após 31 semanas de destreino os
homens também tiveram maior perda
de massa muscular; e o volume muscular voltou ao tamanho original
pré-treino apenas nas mulheres.
Contudo outros
estudos observaram um grau menor de
atrofia ou sem atrofia significante (6,7). Uma fase de destreino de 3
semanas parece não fazer grande diferença em massa muscular e adaptações (6). Noutro
estudo similar pelos mesmos autores, enquanto um grupo treinou continuamente
durante 24 semanas outro grupo fez 3 ciclos de 6 semanas de treino (ou
retreino), com períodos de 3 semanas de destreino entre os ciclos;
melhorias em área transversal muscular e força foram similares entre os grupos
(7).
(Em ambos
os estudos o ritmo de aumento em área transversal muscular e 1-RM diminuiu
gradualmente após 6 semanas para o grupo de controlo, enquanto que em ambos os
estudos os grupos experimentais aumentaram mais a área transversal muscular e
força, sugerindo uma resposta mais
eficiente após a fase de destreinamento)
Como discutido
num artigo anterior, amplitude de movimento completa é mais benéfica para adaptações de hipertrofia e força. Num
estudo examinando as diferenças de treinar com uma amplitude de movimento maior
comparado com menor amplitude e as alterações ao longo do tempo durante o
destreino, o grupo com menor amplitude de movimento teve uma maior
perda relativa em força que o grupo com maior amplitude de movimento (8). Outras
diferenças foram também observadas na área distal, comprimento do fascículo e
gordura subcutânea a favor da maior amplitude, após 8 semanas.
Referências:
1. O. R.
Seynnes , M. de Boer , M. V. Narici. Skeletal
hypertrophy and architectural changes in response to high--intensity resistance
training. J Appl Physiol 2007; 102: 368-73.
2. Abe T, DeHoyos DV, Pollock ML. Time course for
strength and muscle thickness changes following upper and lower body resistance
training in men and women. Eur J Appl Physiol 2000; 81: 174-80.
3. Ogasawara R, Thiebaud RS, Loenneke JP, et al. Time
course for arm and chest muscle thickness changes following bench press
training. Interventional Med Appl Sci 2012; 4(4): 217-20
4. Narici MV, Roi GS, Landoni. Changes in force,
crosssectional area and neural activation during strength training and
detraining of the human quadriceps. Eur J Appl Physiol 1989; 59: 310-9.
5. Ivey FM, Roth SM, Ferrell RE, et al. Effects of
age, gender, and myostatin genotype on the hypertrophic response to heavy
resistance strength training. J Gerontol Med Sci 2000; 55(11): M641-748.
6. Ogasawara R, Yasuda T, Sakamaki M, et al. Effects
of periodic and continued resistance training on muscle CSA and strength in
previously untrained men. Clin Physiol Funct Imaging 2011; 31: 399-404.
7. Ogasawara R, Yasuda T, Ishii N, et al. Comparison
of muscle hypertrophy following 6-month of continuous and periodic strength
training. Eur J Appl Physiol 2013; 113: 975-85.
8. McMahon GE1, Morse CI, Burden A, Winwood
K, Onambélé GL. Impact of range of motion during ecologically valid resistance training protocols
on muscle size, subcutaneous fat, and strength. J Strength Cond Res. 2014 Jan;28(1):245-55. doi:
10.1519/JSC.0b013e318297143a.