Será que a amplitude de
movimento total é mais associada com ganhos significantes em força e
hipertrofia em comparação com amplitudes mais restritas?
Uma amplitude de movimento total é mais associada com ganhos significantes em força e hipertrofia que amplitudes mas restritas. Um estudo observou para a amplitude total um maior aumento em força (18% vs. 4%) e maior aumento em hipertrofia (60% vs. 15%) na zona próxima das inserções musculares (1).
Uma amplitude de movimento total é mais associada com ganhos significantes em força e hipertrofia que amplitudes mas restritas. Um estudo observou para a amplitude total um maior aumento em força (18% vs. 4%) e maior aumento em hipertrofia (60% vs. 15%) na zona próxima das inserções musculares (1).
A hipertrofia
média ao longo de todo o músculo foi mais do que o dobro para amplitude total
(44% vs. 21%). Além disso os ângulos de penação das fibras musculares (direcção
das fibras) aumentaram mais com amplitude total (11% vs. 7% mas não estatisticamente significante).
Outro estudo
também demonstrou diferenças significantes para área transversal específica a
favor da amplitude total após 12 semanas (2). Embora amplitude mais restrita
possa em alguns casos produzir hipertrofia significante ao mesmo grau da
amplitude total (3), pessoas com lesões ou amplitude de movimento limitada
talvez possam beneficiar disso.
As fibras
musculares não se estendem apenas da origem à inserção, isso é uma perspectiva
demasiado simplista. Jose Antonio PhD fez uma revisão acerca de crescimento muscular não uniforme e adaptação regional no músculo
esquelético (4). O músculo esquelético é um tecido heterogéneo que exibe
numerosas diferenças inter e intra-musculares: arquitectura, composição de fibras e função muscular (4).
Com diferentes
exercício o recrutamento selectivo de diferentes regiões do músculo pode ser
alcançado, de modo que não há nenhum único exercício que possa maximizar a
resposta hipertrófica de todas as regiões de um músculo em particular (4).
Vários músculos são compartimentalizados de modo que as fibras terminam intrafascicularmente
(dentro do fascículo muscular) e cada subdivisão é por sua vez enervada pelo
seu próprio ramo de nervos com diferentes territórios de unidades motoras.
Alguns
exemplos:
Schoenfeld e
colegas (5) investigaram a activação muscular de dois exercícios para femoral:
o peso morto ou levantamento terra com pernas esticadas e flexão de perna
deitado. Activação do femoral superior foi similar entre os dois exercícios,
mas a activação para zona inferior, ambas medial e lateralmente, foi
significativamente maior na flexão de perna deitado (170% e 65%
respectivamente).
Noutro estudo,
pesquisadores examinaram e confirmaram a hipertrofia regional (MRI) correspondendo à activação regional muscular (EMG) num exercício multi-articular para tríceps (6). A área dos tríceps com maior
activação hipertrofiou mais passado 12 semanas. Também para este caso as áreas
mais próximas do cotovelo (região distal transversal) cresceram mais em
oposição com as áreas mais próximas do ombro (6).
Os mesmos
autores noutro estudo correlacionaram a
activação muscular (ressonância magnética) para os extensores do cotovelo
(tríceps ) após uma sessão de treino para um grupo com a hipertrofia de outro grupo durante 12 semanas de treino.
Activação significativamente mais baixa na região distal foi correlacionada com
menor hipertrofia na região distal comparada com outras áreas (7).
Para
hipertrofia máxima de todo o músculo vários exercícios devem ser executados
para estimular propositadamente crescimento de uma forma regionalmente
específica. Por outras palavras, selecção de exercício e variedade é
necessária.
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Referências:
1. McMahon GE, Morse CI, Burden A, Winwood K,
Onambélé GL. Impact of range of motion during ecologically valid resistance
training protocols on muscle size, subcutaneous fat, and strength. J Strength
Cond Res. 2014 Jan;28(1):245-5
2. Eugene McMahon G, Onambélé-Pearson G. Impact
of range of motion during ecologically valid resistance training protocols, on
muscle size, subcutaneous fat and strength. J Strength Cond Res 2013
3. Pinto RS, Gomes N, Radaelli R, et al. Effect
of range of motion on muscle strength and thickness. J Strength Cond Res 2012;
26(8): 2140-5.
4. Antonio, J. Nonuniform response of skeletal
muscle to heavy resistance training: can bodybuilders induce regional muscle
hypertrophy? J. Strength Cond. Res. 14(1):102–113. 2000
5. Schoenfeld BJ, Contreras B, Tiryaki-Sonmez G,
Wilson JM, Kolber MJ, Peterson MD. Regional Differences in Muscle Activation
During Hamstrings Exercise. J Strength Cond Res. 2014 Jun 24.
6. Wakahara T, Fukutani A, Kawakami Y, Yanai T.
Nonuniform muscle hypertrophy: its relation to muscle activation in training
session. Med Sci Sports Exerc. 2013 Nov;45(11):2158-65
7. Taku Wakahara, Naokazu
Miyamoto, Norihide Sugisaki, Koichiro Murata, Hiroaki
Kanehisa, Yasuo Kawakami, Tetsuo Fukunaga, Toshimasa Yanai.
Association between regional differences in muscle activation in one session of
resistance exercise and in muscle hypertrophy after resistance training. European Journal of Applied Physiology April 2012, Volume 112, Issue 4, pp
1569-1576