Ciência da Hipertrofia - Porque Uns Têm Mais Resultados Que Outros (Hormonas, Genética e Síntese Proteica)

Hipertrofia consiste em remodelação muscular e adição de estruturas proteicas celulares após uma sessão de exercício e danos musculares. Como consequência, as fibras musculares crescem em área de secção transversal e o músculo torna-se maior. Vários factores regulam esta resposta adaptativa incluindo hormonas, genética e síntese proteica.

 
Hormonas  

Hormonas como IGF-1, testosterona, e hormona de crescimento têm um papel fundamental nesta resposta (1,2,3). Quando os valores destas hormonas estão reduzidos como em populações idosas a resposta hipertrófica é reduzida (4,5). Contudo é preciso notar que aumentos ou picos agudos (curto-prazo) destas hormonas após o treino têm um efeito negligenciável em hipertrofia (6-13). Estas hormonas apenas fazem a diferença no caso de valores supra-fisiológicos (9,50,51,52,53).

A adaptação do músculo é um processo intrínseco. A Universidade de McMaster tem feito grande parte desta pesquisa. Por exemplo, num estudo os sujeitos foram submetidos a treino de pesos e resistência em cada perna e mostraram diferentes adaptações para cada perna. O treino com pesos estimulou tanto a síntese proteica miofibrilar como a mitocondrial, enquanto que o treino de resistência resultou apenas em aumento de síntese proteica mitocondrial (37).

Programas de exercício não devem ser centrados na manipulação de variáveis agudas (curto-prazo, pós-treino) e exercícios multi-articulares com o objectivo de induzir um ambiente hormonal “anabólico”.
 
Genética

A genética é um factor-chave na variabilidade entre indivíduos (6,14,15,18,43,44), na verdade sujeitos podem ser divididos em indivíduos com resposta baixa, moderada, e alta (16,17,18,45). 

Indivíduos com resposta alta podem ter cerca de 4 a 5 vezes melhor resposta hipertrófica comparado com quem tem resposta baixa (18), e curiosamente alguns sujeitos nem respondem e uns podem até perder massa muscular apesar de treino e nutrição adequados.

Numa publicação o intervalo de resposta hipertrófica em área transversal para fibras de tipo 1 e tipo 2 foi de -22 a 106% e -4 a 67% respectivamente (6). Noutra análise o intervalo de resposta para sujeitos sem resposta foi de -16±99 µm2 para área transversal. 

Noutro estudo os sujeitos com resposta mais baixa ganharam cerca de 1kg enquanto que outros com a maior resposta ganharam 5 a 6 kg de massa magra, em 12 semanas (18).



Noutro estudo a variabilidade foi entre -2 a +59% (-04 a +13.6cm) no tamanho de bíceps, com o programa de exercício a resultar num aumento médio de 18.9% em área transversal de bíceps (14)!



Mesmo com 3 programas diferentes (volume de carga total igual) há uma grande variabilidade em hipertrofia (1.7–13.3%) e força entre os indivíduos treinados (mais de 4 anos de treino) após 12 semanas (55).

(55) 

Outro estudo com sujeitos treinados ou com proteína normal ou alta também demonstrou grande variabilidade entre os sujeitos (54). Para o grupo de proteína normal (2.3g/kg) e também para o grupo de proteína mais alta podemos ver um aumento médio de +1.5kg de massa magra em 8 semanas, mas felizmente temos dados individuais que são mais esclarecedores sobre o que pode acontecer:


Vêm aqueles 4 sujeitos no grupo NP acima dos +2kg, e aqueles 2 lá em cima acima dos +4kg?! E no grupo HP aqueles 3 perto dos +6kg de massa magra em 8 semanas?! O mesmo acontece com os dados da gordura corporal. 

Aqui fica outro estudo com creatina e nitrato de creatina durante apenas 28 dias (56). Observas os sujeitos acima de 4kg de massa magra e os entre 7-9kg? Obviamente alguns desses ganhos são atribuídos a água e glicogénio via creatina, mas...


Esta variabilidade é relacionada com alterações na expressão microRNA andrógena (6,18,19), número de células satélite para remodelação (20-28), activação de sinalização anabólica intra-muscular (29), síntese proteica (30,31), e variação genética (32,41). 

Numa investigação sobre as correlações sistémicas de hipertrofia induzida por treino de pesos (16 semanas), a alteração (aumento) de receptores androgénicos e a magnitude da fosforilação de proteína cinase p70S6K (alvo do mTOR) após 5h explicou cerca de 46% da variação da resposta hipertrófica (6). Alguns dos sujeitos tiveram um aumento de 1.5-2.5 vezes mais em receptores androgénicos, sugerido contar como cerca de 25% da variabilidade. 

Alguns sujeitos demonstram pouco ou nenhum ganho, e outros exibem alterações profundas, aumentando o tamanho em mais de 10cm2  e duplicando a força. Há também variabilidade entre homens e mulheres; homens têm apenas uma pequena vantagem em ganhos de volume comparado com mulheres, e as mulheres ultrapassam consideravelmente os homens em ganhos de força relativos (46).

Alguns indivíduos até perdem força e massa magra. É também mais difícil ganhar músculo que força: 29% dos indivíduos tiveram resposta baixa vs. 7% de indivíduos com resposta baixa para força. Idade e sexo teve pouca influência (47); as respostas em tamanho muscular e força variaram extensivamente entre os sujeitos independentemente da idade e sexo (47).


Síntese proteica

A síntese proteica muscular aguda após os exercício tem uma dose-resposta que depende da intensidade e carga total do exercício. Após um período latente de 45 minutos a uma hora após o exercício, a síntese proteica aumenta agudamente (2-3x mais) entre 45 a 150 minutos. 

Este aumento pode ser sustenido no estado de jejum até 4 horas após o exercício (33), e na presença de aminoácidos essenciais até cerca de 24-48horas após o exercício (34,35) ou até mesmo 72h (42) até voltar ao basal.

Notavelmente, até mesmo com treino em jejum o ritmo de síntese proteica fracionada miofibrilar está elevada sob o catabolismo (36). Isto significa que não estamos catabólicos no estado de jejum. Este aumento a síntese sob o catabolismo parece ser produto das proteínas não-miofibrilares (colagénio, e proteínas sarcoplasmáticas e mitocondriais), porque o catabolismo proteico está também elevado após o exercício (36). O estímulo do exercício é o maior sinal anabólico.

Contudo, medições agudas (1-6h após o exercício) de síntese proteica muscular a seguir a uma exposição a treino com peso em iniciantes não estão correlacionado com hipertrofia muscular derivado de treino crónico com pesos (39). 

Há também uma revisão sobre a relação entre a resposta aguda da síntese proteica muscular e alterações em massa muscular (40). O catabolismo proteico é também importante na regulação da hipertrofia muscular a longo prazo, e a balanço crónico positivo entre a síntese e catabolismo é mais importante do que apenas considerar picos agudos em síntese proteica muscular. 

Tenham também em mente que pensa-se que a translação de mRNA é o passo limitador na síntese proteica (48,49).

Existem também vários caminhos e mecanismos de hipertrofia, resumidos por Schoenfeld (38): tensão mecânica, danos musculares e stress metabólico. Não há uma “medida para todos”, e uns vão simplesmente responder melhores que outros. 

Apesar desta variabilidade individual, há algumas recomendações baseadas em evidências para hipertrofia relativas a programas de exercício.

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Referências:
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