Inatividade física está estimada
ser responsável por cerca de 6% das mortes globais (1) e está associada com
risco de Síndroma Metabólico e cancro (2,3,4).
Aproximadamente 100.000 novos casos de cancro do cólon
e peito por ano estão associados a um estilo de vida sedentário (5). Outro
estudo observou que interromper longos períodos sentados está associado com
menor circunferência da cintura e menos níveis de proteína C-reativa, ambos
marcadores associados com elevado risco de alguns cancros em mulheres
pós-menopausa (6).
Dados analisados de 4757 pessoas indicaram que até
mesmo pequeno períodos de actividade leve (levantar e andar pelo menos um
minuto) reduziu biomarcadores como circunferência da cintura, triacliglicerol (triglicerídeos)
elevados e resistência a insulina (7).
Há também aumento de risco de doença cardiovascular e morte prematura de qualquer causa para os que passam mais de 4 horas por dia sentados. Um estudo (8) com 4.512 sujeitos observou um aumento de 48% em mortalidade de qualquer causa e 125% de aumento de risco de eventos cardiovasculares para os que passam mais de 4 horas sentados. O risco foi observado independentemente de outros factores de risco como fumar, hipertensão, índice de massa corporal e classe social.
Outro estudo da Austrália indicou que estar sentado
por longos períodos está associado a maior risco de mortalidade
independentemente de actividade física. De um população de 222.497 pessoas foi
sugerido que o tempo sentado foi responsável por 6.9% das mortes (9).
Estar inativo mais de 23 horas por semana foi associado com um
maior risco (64%) de morte de doença cardiovascular que estar sedentário menos
que 11 horas por semana (10). Estar sentado numa posição por muito tempo pode
fazer desenvolver coágulos de sangue, que estão estimados serem
responsáveis por 100.000 mortes por ano (11).
Uma avaliação em mais de 7000 homens e 10.000 mulheres
dos 18-90 anos, durante 12 anos, indicou
uma associação significante entre o tempo sentado e mortalidade, e que ser
activo não compensa os efeitos negativos (12).
A Fisiologia do Sedentarismo
Estar sentado prolongadamente perturba a saúde
metabólica, aumenta os níveis de triacilglicerol (triglicerídeos) e abaixa o HDL, aumenta a
resistência a insulina (3,13) e afecta o metabolismo de hidratos de carbono
(3).
Estudos que usaram marcadores radioactivos para
examinar os efeitos metabólicos de não estar de pé nos músculos das pernas,
observaram que os músculos perderam mais de 75% da capacidade de canalizar a
gordura em circulação das lipoproteínas dos sangue quando actividade contrátil
dos músculos foi reduzida. Isto foi relacionado com 90-95% de perda da
actividade local da lipoproteína lipase (LPL) nos músculos mais oxidativos das
pernas, que estão especializados para manter a postura (13,14).
Adicionalmente, sentar parece resultar numa redução
de 20% da HDL, aumentando o risco de doença cardiovascular (15). Permanecer sedentário
por mais de 24h impede a função da insulina nas células, aumentando o risco de
diabetes (16).
“Simplesmente não estamos estruturados para estarmos
sentados por longos períodos de tempo, e quando o fazemos o nosso corpo “desliga”.
Se existe uma fonte de juventude é provavelmente a actividade física. O problema
não é se é boa ideia fazer mas sim como por as pessoas a fazer mais exercício” Dr.
Toni Yancey.
Sentar treina o corpo a não fazer nada e resulta em adaptações fisiológicas que
reduzem a funcionalidade.
Termogénese Não Associada Ao Exercício (NEAT)
Comportamento sedentário deve ser reduzido,
particularmente ao reduzir longos períodos de actividade. Um método é termogénese
não associada ao exercício.
Termogénese não associada ao exercício é a energia
gasta em tudo o que não é dormir, comer, e exercício (desporto). Isto inclui a energia
gasta ao andar, escrever, tarefas de jardim ou campo e estar inquieto (17).
Em 2005 Levine e colegas (18) publicaram resultados
detalhados da análise do metabolismo. Controlaram o consumo alimentar e toda a actividade usando sensores de movimento na roupa interior,
mediram as posturas e movimentos a cada
meio-segundo por 10 dias. Os que não ganharam peso moveram-se mais enquanto
comiam o mesmo, devido à diferença de menos 2 horas sentados por dia em média. O
estudo sugeriu que “adoptar os comportamentos
baseados em NEAT dos mais magros, pode fazer gastar 350kcal adicionais por dia”.
Quaisquer donativos para apoiar o trabalho
aqui desenvolvido são recebidos com gratidão.
Referências:
1. World Health Organization. Global
Health Risks: Mortality and Burden of Disease Attributable to Selected Major
Risks. Geneva, Switzerland:WHOPress; 2009.
2. Proper KI, Singh AS, van
Mechelen W, Chinapaw MJM. Sedentary behaviors and health outcomes among adults:
a systematic review of prospective studies. Am J Prev Med.
2011;40(2):174-182.
3. Tremblay MS, Colley RC,
Saunders TJ, Healy GN, Owen N. Physiological and health implications of a
sedentary lifestyle. Appl Physiol Nutr Metab. 2010;35(6):725-740
4. Grøntved A, Hu FB. Television
viewing and risk of type 2 diabetes, cardiovascular disease, and all-cause
mortality: a meta-analysis. JAMA. 2011;305(23): 2448-2455.
5. Research presented in
November, 2011 at the American Institute for Cancer Research's (AICR) annual
conference. The AICR presented data suggesting that about 100,000 new
cases of breast cancer and colon cancer per year can be associated with
physical inactivity.
6. Christine M. Friedenreich, Heather K.
Neilson. Inflammatory Marker Changes in a Yearlong Randomized Exercise
Intervention Trial among Postmenopausal Women. Cancer Prev Res (Phila). 2012
Jan;5(1):98-108.
7. Genevieve N. Healy Charles E. Matthews, David
W. Dunstan, Elisabeth A.H. Winkler, Neville Owen. Sedentary time and
cardio-metabolic biomarkers in US adults: NHANES 2003–06. Eur Heart J. 2011
Mar; 32(5):590-7.
8. Emmanuel Stamatakis, Mark Hamer, David W.
Dunstan. Screen-Based Entertainment Time, All-Cause Mortality, and
Cardiovascular Events. Journal Americal College of Cardiology.
2011; 57(3):292-299
9. Hidde P. van der Ploeg, PhD; Tien Chey,
MAppStats; Rosemary J. Korda, PhD; Emily Banks, MBBS, PhD; Adrian Bauman, MBBS,
PhD. Sitting Time and All-Cause Mortality Risk in 222 497 Australian
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10. Tatiana Y. Warren, Vaughn Barry, Steven P. Hooker, Xuemei Sui, Timothy S.
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Behaviors Increase Risk of Cardiovascular Disease Mortality in Men. Med Sci
Sports Exerc. 2010 May ; 42(5): 879–885
11. Steven K. Galson. Prevention of deep vein
thrombosis and pulmonary embolism. Public Health Rep. 2008 Jul-Aug; 123(4):
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12. Katzmarzyk PT, Church, TS,
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18. Levine JA, Lanningham-Foster LM, McCrady SK,
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