Treino de Força, Densidade Mineral Óssea e Crescimento em Adolescentes

Será que o treino de força impede o crescimento em adolescentes? Se pensas que sim podes estar a cair num mito antigo.

É sabido há décadas que halterofilistas juniores têm uma densidade mineral óssea bem mais alta comparada com a média de controlos (1). O efeito deste tipo de exercício parece sobrepor-se a diferenças entre raças e idade (1).


Uma Análise a Uso de Esteróides Anabólicos em Competidores de Culturismo, Physique e Wellness.



Um recente estudo analisou as práticas de competidores IFBB. Seis (quatro homens e duas mulheres) culturistas e os seus treinadores foram directamente entrevistados (1).

Participantes

2 culturistas masculinos na mesma categoria.
2 competidores de Men’s Physique na mesma categoria.
2 mulheres a competir em categorias diferentes de Wellness.


BCAAs e Resistência a Insulina em Veganos


A suplementação com BCAA pode não ser adequada a veganos. Ficam aqui uns pontos principais do recente estudo preliminar a comparar veganos com omnívoros a suplementarem com 15 g (mulheres) ou 20g (homens) de BCAAs diariamente durante 3 meses.


Novas Necessidades Proteicas Para Culturistas


Um novo estudo procurou avaliar as necessidades proteicas ao nível do corpo todo com a técnica IAAO, em 8 indivíduos com mais de 3 anos de experiência de treino.
 
A RDA para a proteína está estabelecida em 0.8g/kg como a ingestão mínima para evitar deficiência proteica para 97.5% da população saudável acima dos 19 anos (1). Acreditem ou não, a RDA foi até avançada como apropriada para adultos saudáveis envolvidos em exercício com resistência e de resistência (2).

A RDA representa a média estimada mais 2 desvios padrão (3), determinada através de estudos com balanço azotado dos quais muito poucos incluíram indivíduos mais velhos (4,5).

Os estudos de balanço azotado sofrem de várias preocupações metodológicas (6-10). Além da necessidade não muito prática de períodos de adaptação de 7-10 dias necessários para produzir dados mais precisos para cada uma das diferentes ingestões proteicas (6), o uso de regressão linear para analisar dados não lineares não é adequado a este objectivo (6,8,11). 

Há também uma sobrestimação ou subestimação da ingestão de azoto e excreção, respectivamente (6,12). Mais além, o equilíbrio de azoto parece ser alcançável com baixa ingestão proteica em estudos com duração curta muitas vezes usados devido a maior eficiência na utilização de aminoácidos (AAs), ritmos metabólicos proteicos reduzidos e ou acomodação (3,13,14,15),

Melhores métodos tais como o método indicador de oxidação de aminoácidos (IAAO) mostra que a RDA subestimou as necessidades proteica em 30-50% (16,17,18). A técnica IAAO identifica o ponto de estagnação na oxidação de aminoácidos que correspondem ao ritmo máximo de síntese proteica do corpo todo.

Quando a ingestão proteica é inadequada a oxidação de todos os aminoácidos, incluindo o aminoácido indicador, é substancial (6). Com aumento de ingestão proteica a oxidação do aminoácido indicador diminui porque mais aminoácidos estão a ser incorporados na proteína do corpo e quando as necessidades proteicas sejam cumpridas não há mais alterações na oxidação do aminoácido indicador e o “ponto de interrupção” resultante pensa-se que seja a dose necessária (6,10). A metodologia de marcadores de isótopos é considerada uma técnica bem mais precisa, e o IAAO foi considerado um método aceitável para avaliar as necessidades proteicas em 2005 (1,6).

Uma ingestão de 0.93-1.2g/kg, excedendo as recomendações actuais em quase 50%, foi desvendada em homens usando a técnica IAAO (18). Os resultados foram comparáveis aos estimados pela aplicação de um modelo bifásico de regressão linear aos dados de estudos com balanço azotado (0.91-1 g/kg) (18).

Não obstante, os poucos estudos com balanço azotado em culturistas têm resultados variáveis, e até mesmo balanço muito positivo de azoto (3.8-20g/dia) com ingestão proteica de 1.8-2.7g/kg observados em homens envolvidos num programa de  treino de peso rigoroso não resultou no esperado ganho de massa isenta de gordura (3,6,19,20). Por exemplo, um balanço positivo de azoto (12–20 g/dia) com 2.8g/kg de proteína devia produzir 300-500g de massa magra por dia, contudo isso não foi observado (20).

O uso da técnica de isótopos estáveis identificou 4 estados metabólicos proteicos diferentes (6,14,15,21,22):

1. “Deficiência proteica” definida como a redução máxima na síntese proteica em todos menos os órgãos essenciais;
2. “Acomodação’’ no qual o equilíbrio é alcançado via uma diminuição de processos fisiológicos relevantes;
3. “Adaptação” no qual o crescimento óptimo, trocas de aminoácidos intre órgãos e função imunitária estão presentes, e;
4. “Excesso”, o qual é caracterizado pela oxidação de aminoácidos para energia e excreção de azoto via ureia, não resultando em mais estimulação de síntese proteica (15).

Independentemente da idade, quando ingestão proteica próxima da RDA é combinada com treino com pesos, a acomodação resulta de um aumento da eficiência na utilização de azoto e menores ritmos de síntese proteica no corpo todo em vez de adaptação (6,19,21,23).

As recomendações actuais para culturistas variam entre a RDA de 0.85g/kg (16) a 2.0g/kg (24).

Durante o exercício há um aumento da oxidação de aminoácidos (1-5% do gasto calórico total do exercício), aumento de catabolismo e síntese proteica muscular (25,26,27). Falta de recuperação é também outra preocupação (25,28).

Necessidades proteica para culturistas em dia de descanso

Um novo estudo procurou avaliar as necessidades proteicas ao nível do corpo todo com a técnica IAAO, em 8 indivíduos com mais de 3 anos de experiência de treino (6). Os participantes tinham uma média de 84 kg de peso total,  72.4kg de massa magra, e um índice de massa isenta de gordura de 24.

O Mito da Queima de Gordura Localizada Através do Exercício



A hipótese da “redução localizada” afirma que o exercício concentrado numa área específica resulta numa redução preferencial da gordura nessa área específica. Por exemplo, exercícios abdominais são geralmente promovidos como um meio eficaz de reduzir a gordura abdominal e reduzir a cintura.

Contudo, os resultados na literatura científica são mistos, principalmente estudos antigos. A redução localizada não é geralmente considerada válida sem um défice calórico consistente, e mesmo assim não é garantia que se queime gordura na zona exercitada.

Em 1956 a redução localizada foi considerada possível (1) mas foi só a partir de 1960 que essa questão foi abordada cientificamente.


Epidemiologia e Fisiologia do Comportamento Sedentário



Inatividade física está estimada ser responsável por cerca de 6% das mortes globais (1) e está associada com risco de Síndroma Metabólico e cancro (2,3,4).

Aproximadamente 100.000 novos casos de cancro do cólon e peito por ano estão associados a um estilo de vida sedentário (5). Outro estudo observou que interromper longos períodos sentados está associado com menor circunferência da cintura e menos níveis de proteína C-reativa, ambos marcadores associados com elevado risco de alguns cancros em mulheres pós-menopausa (6).

Dados analisados de 4757 pessoas indicaram que até mesmo pequeno períodos de actividade leve (levantar e andar pelo menos um minuto) reduziu biomarcadores como circunferência da cintura, triacliglicerol (triglicerídeos) elevados e resistência a insulina (7).

Fisiologia da Desidratação e Hiper-hidratação


Quando o corpo está num estado de desidratação, vários substratos e neurotransmissores são influenciados pela vasopressina (hormona anti-diurética) e angiotensina II (1,2).
Desidratação pode aumentar os níveis de cortisol (3). Interessantemente, até uma diminuição de volume celular devido a hipohidratação promove resistência a insulina (4,5,6).

Condições que desidratam tecidos alvos da insulina como a hiperosmolaridade ou privação de aminoácidos são associadas com resistência a insulina; o bloqueio da resposta celular em termos de volume pode ser um denominador comum na resistência a insulina induzida por desidratação (4).

Compreender Pesquisa Científica [2]: Estudos Experimentais versus Observacionais


Os estudos científicos não são todos criados iguais. Existem vários tipos de estudos, e a primeira distinção é entre evidências experimentais e observacionais.

Anteriormente escrevi sobre como ler um estudo e como um estudo é estruturado com diferentes secções. Certas características devem estar presentes em cada secção e deve tudo ser bastante claro. Por exemplo, na discussão os resultados devem ser postos em contexto da literatura em geral ou similar e pesados contra isso.

Evidências científicas devem ser usadas para desvendar o que é mais provável de ser verdade e não serem mal usadas para defender o que queremos que seja verdade, seja qual for o motivo.

Nos dias de hoje, crenças científicas e conclusões (provisórias) devem ser baseadas em evidências sólidas. Mas o que caracteriza as evidências sólidas? Esta questão pode ser complicada porque existem vários tipos de evidências científicas com diferentes limitações, pontos fortes e fracos. Isto só por si torna tudo mais difícil de interpretar.

Devemos ser capazes de reconhecer o que estamos a ver e como distinguir entre diferentes tipos de evidências científicas. Alguns estudos têm mais peso que outros.

Dieta Bem Sucedida [5/5]: Qual O Melhor Ritmo De Perda De Peso?

A composição da perda de peso é importante. Apesar de défices calóricos maiores resultarem em maior perda de peso, esta estratégia também faz perder mais massa magra que programas de perda de peso mais lentos, devido ao grau de défice calórico maior, e outros factores. 

Por exemplo, treino com pesos ou dietas hiperproteicas podem modificar a proporção de peso perdido vindo da gordura corporal versus massa magra (1,2,3).


O Microbioma e a Digestão do Glúten: Bactérias Que Metabolizam Glúten



É geralmente assumido, e por vezes defendido fanaticamente por certos “grupos”, que os humanos não conseguem digerir glúten, e sendo assim nenhum humano (com ou sem Doença Celíaca) deve comer alimentos com glúten, como o trigo. Para eles as história termina aqui. Mas há muito mais além disso.

Resumo

Existe uma grande variedade de bactérias capazes de digerir glúten, com proteases para degradar o glúten, naturalmente presentes no intestino superior humano. A cavidade oral também é colonizada por microorganismos que produzem proteases capazes de hidrolisar peptídeos ricos em resíduos de prolina e glutamina. Disbiose intestinal está presente em pacientes com doença celíaca, caracterizado por um aumento de bactérias gram-negativas, outras bactérias potencialmente pró-inflamatórias e redução de bifidobacterias.

É sugerido que o supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SBID) e infecções possam contribuir para a patogénese da doença celíaca com persistência dos sintomas gastrointestinais após uma dieta sem glúten. Enterobacterias patogénicas têm um papel na alteração da tolerância a uma resposta inflamatória imunitária ao glúten, ao alterar a permeabilidade da mucosa intestinal.

Uma falta de maturação da microbiota intestinal é observada nos primeiros 2 anos em crianças em risco de doença celíaca. A introdução precoce de glúten e falta de maturidade da microbiota intestinal pode despoletar ou acelerar o desenvolvimento da auto-imunidade. Grupos bacterianos relacionados com o metabolismo do glúten estão alterados em doentes celíacos.

Ou Bifidobacterium pode proteger contra doença celíaca, ou características inerentes da doença influenciam a colonização de Bifidobacterium.

A redução de algumas características bacterianas estão associadas com disbiose intestinal sugerindo a existência de um defeito na barreira, que falha ao estabilizar a microbiota intestinal e prevenir a invasão de antígenos e patógenos prejudiciais.

A indução da proteólise da gliadina no intestino humano pode não ser a solução mas a origem da doença celíaca, porque as gliadinases são específicas da doença. Gliadinases podem ter uma origem bacteriana no duodeno de todos os indivíduos não pré-dispostos.

Na doença celíaca a tolerância da mucosa à microbiota intestinal está desregulada. Reduções em bactérias gram-positivas benéficas podem favorecer a interacção de bactérias gram-negativas prejudiciais dentro da superfície da mucosa contribuindo assim para a perda da tolerância a glúten.

Ou um padrão particular de glicosilação (reacção na qual um carboidrato é adicionado a outra molécula receptora) em indivíduos pré-dispostos favorece a adesão de bactérias prejudicais, que contribui para a patogénese da doença, ou modificações na composição da microbiota intestinal leva a alterações no padrão de glicosilação e na sua função defensiva da camada mucosa contra infecções.

                                                             
Lê o artigo completo livre em @ http://sciencedrivennutrition.com/gluten-manifesto/ e aprende muito mais sobre glúten, comigo e com o
Brad Dieter, PhD 

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Dieta Bem Sucedida [4/5]: Quantidade de Hidratos de Carbono



Parece existir um limiar mínimo de hidratos de carbono a partir do qual reduções na quantidade afecta negativamente a performance e coloca em risco de perda de massa magra.


Alergias Alimentares: Alergia a Soja (menos alergénica que ovos, leite, trigo e amendoim)



Nem todos os alimentos são alergénicos, e nem todos os alimentos alergénicos são igualmente alergénicos. Por outras palavras, os alimentos variam na significância de alergia clínica. Geralmente, todas as proteínas são potencialmente alergénicas para algumas pessoas. De entre todos os alimentos, 8 alimentos são responsáveis por 90% das alergia alimentares: leite, trigo, amendoim, frutos de casca rija, peixe, crustáceos, e soja (1).

As proteínas da soja são menos imunologicamente reactivas que muitas outras proteínas alimentares.



Compreender Pesquisa Científica [1/2]: Como Ler um Estudo e Interpretar Resultados




Uma mente céptica está sempre consciente que a pesquisa científica é progressiva, e que novas descobertas estão constantemente a emergir e pode ser usadas para alterar o actual.

A habilidade de interpretar e avaliar a pesquisa no seu contexto é crítico no processo de compreender os resultados. Todos os estudos dependem do seu próprio contexto. 

Este é um ponto crucial e a razão pela qual o público pode ficar confuso por estudos aparentemente contraditórios. Por exemplo, 2 estudos podem aparentemente contradizer-se e serem ambos válidos, sob circunstâncias diferentes.

A pesquisa tem um papel importante no avanço de qualquer profissão ou processo de tomada de decisão. Este processo deve seguir leis científicas, princípios e conceitos derivados da pesquisa científica. Estes princípios, teorias e conceitos estão todos sujeitos a alterações com a emergência de nova pesquisa. 

Artigos científicos estão constantemente a serem publicados. Nova pesquisa pode e deve produzir mudanças na abordagem a um problema, deste modo é importante manter o olho aberto e mente aberta e ser livre de qualquer pensamento dogmático e fundamentalista. Estar actualizado permite-nos estar na vanguarda do conhecimento e melhorar qualquer prática, profissional ou outra. No final, a pesquisa aumenta a nossa compreensão sobre um determinado assunto.

Dieta Bem Sucedida [3/5]: Restrição Calórica, Proteína Alta, Exercício e Recomposição


Vimos anteriormente que dietas hiperproteicas e exercício, especialmente treino com pesos, tem um efeito aditivo na manutenção de massa magra ou até ganho de massa magra. Exercício adicional tende a aumentar a perda de peso, mas tem maiores efeitos na composição corporal através da preservação da massa magra enquanto aumenta a perda de gordura.


Dieta Bem Sucedida [2/5]: Ingestão Proteica



Uma grande parte dos dados clínicos em humanos indica que maior ingestão proteica é favorável em termos de composição corporal. Uma revisão sistemática concluiu que em estudos onde a intervenção hiperproteica foi bem sucedida havia, em média, uma maior distribuição de proteína em 58.4% g/kg por dia de proteína versus 38.8% g/kg por dia em estudos onde a dieta hiperproteica não foi mais eficaz que o controlo (1).

A alteração média na ingestão proteica habitual em estudos que mostraram que maior quantidade foi mais eficaz que o controlo foi +28.6% comparado com +4.9% onde proteína adicional não foi mais eficaz (1).

Dieta Bem Sucedida [1/5]– Massa Magra e a Importância do Exercício



Nem toda  perda de peso pode ser considerada bem sucedida. Uma dieta bem sucedida deve ser julgada tendo em conta vários factores como o rácio de gordura para massa magra perdida – por outras palavras, a perda de massa magra deve ser mínima. Exercício, principalmente treino com pesos, pode e deve ser usado para evitar ou mitigar perdas de massa magra durante uma dieta, e em alguns casos até pode fazer queimar gordura e ganhar músculo ao mesmo tempo, em défice calórico.

AARR – Efeitos da Nutrição e Exercício no Sono Parte 3/3 - Exercício e Sono

A actividade física altera as funções endócrinas, funções do sistema nervoso autónomo e funções somáticas, desta forma o exercício diurno deve afectar o sono. Os efeitos fisiológicos somáticos do exercício podem resultar em efeitos persistentes e servir como um estímulo robusto para afectar os mecanismos fisiológicos do sono. Quantidades adequadas de exercício podem alterar esses mecanismos numa direcção preferencial.

Factores como tipo de exercício, intensidade, horário, sujeitos, e diferenças entre exercício agudo e crónico todos têm efeitos diferentes no sono. O exercício influencia o sono ao aumentar o tempo total de sono e prolongar a latência REM, reduzir o sono REM e aumentar o sono profundo. O exercício tem a capacidade de induzir alterações na fase-circadiana talvez tão potentes como luz clara.

Uma importante distinção entre os efeitos de exercício agudo e crónico no sono é que o exercício crónico altera substancialmente as funções somáticas de forma que exercício agudo não altera, tal que melhoramentos a longo-prazo em composição corporal, ritmo metabólico basal, função cardíaca, controlo glicémico, função imunitária e exercício também melhoram o estado de humor.

Resultados de vários estudos indicam que grande parte dos atletas de vários desportos estão privados de sono e obtêm entre 5-7h de sono por noite. Um factor que pode contribuir para a baixa duração de sono habitual observada em atletas é o horário de treino. O comportamento sono/vigília em atletas depende da hora do dia em que têm de treinar. Por exemplo, treinar cedo de manhã pode ser prejudicial, treino ao fim do dai não é associado com distúrbios no sono, treino de noite não é associado com pior sono, e exercício vigoroso antes de deitar não perturba a qualidade de sono. Os efeitos do exercício no sono e sonolência são mais pronunciados quando o exercício é executado de madrugada.  

Vários outros factores podem influenciar o sono, tais como ansiedade durante blocos de treino intensivos que podem interferir com o adormecer; programas de hidratação pode podem aumentar a frequência de ias à casa de banho; e dores musculares e desconforto associado com treino de alta intensidade também podem perturbar o sono.

O exercício ao aumentar a vígilia e libertar diferentes substâncias neuroquímicas durante a sua realização pode mascarar os efeitos da privação de sono quando ocorre simultaneamente. Isto pode ser eficaz para a performance atlética se os níveis de esforço percebido são reduzidos pelo exercício durante um estado de privação de sono.  

Algumas intervenções potenciais para aumentar a duração de sono em atletas privados de sono são discutidas. O exercício pode ser usado estrategicamente para melhorar o sono, possivelmente ajudar em casos de privação de sono e induzir alterações de fase em condições de jet-lag.
 
AARR, Novembro 2016
4680 palavras, 91 referências


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A Procura Pelo Corpo Perfeito: Dismorfia Muscular, Óleos Injectáveis, Efeitos Adversos e Tratamento

Ao longo das últimas décadas os competidores de culturismo, modelos masculinos e até brinquedos de acção (como G.I. Joe) tornaram-se cada vez mais musculados (1). Imagens musculares são actualmente muito comuns na internet, televisão, filmes e revistas. Isto pode influenciar jovens a se tornarem demasiado obcecados com a aparência muscular e pode em casos extremos levar a uma forma de distorção de imagem corporal chamada de “dismorfia muscular” (1,2,3).

Big Newsletter - Resumo de 33 Artigos Sobre Exercício e Nutrição

Resumo de 33 artigos com 37.171 palavras e 1121 referências em  
Exercício e nutrição

1. Exercício
1.1   Mecanismos de Hipertrofia, Estratégias e Técnicas
1.1.1  Tensão Mecânica
1.1.2   Danos Musculares  
1.1.3   Stress Metabólico
1.2  Hormonas, Genética, Síntese Proteica
1.3  Volume, Cadência, Intervalos de Descanso, Tipos e Velocidade de Contracção
1.4   Qual a Melhor Carga e Intervalo de Repetições?
1.5   Amplitude de Movimento, Forma Muscular e Crescimento Não-Uniforme
1.6  Os Maiores Ganhos Jamais Reportados
1.7  Os Efeitos do Destreino
1.8  Treino Concorrente
1.9  Benefícios do Exercício e Treino de Força

2. Metabolismo
2.1 Metabolismo Dos Hidratos de Carbono

2.1.1   Disposição De Hidratos de Carbono: Como O Corpo Lida Com O Excesso?

2.1.2   Que Quantidade De Hidratos Se Pode Armazenar?

2.1.3 De novo Lipogénese em Humanos, E Como Engordamos

2.1.4 A Hierarquia da Selecção de Combustível – Que Combustível Queimam Primeiro?

       2.2 Metabolismo Da Gordura

2.2.1 Que Quantidade De Gordura Se Consegue Armazenar?

2.3   Metabolismo Proteico
2.3.1 Que Quantidade De Proteína Se Consegue Armazenar?
2.4  Metabolismo Da Água
2.4.1 Homeostase e Equilíbrio Dinâmico

3.Nutrição Desportiva e Suplementos
3.1 Estratégias Para Aumentar o Potencial Anabólico das Proteínas Vegetais
3.2   Que Quantidade de Proteína É Necessária Após O Treino?
3.3   HMB-FA, ATP vs. 600mg De Testosterona, e HíperSensíveis
3.4   Suplementos Populares Ineficazes Para Crescimento Muscular – Glutamina
3.5   Uso Clínico da Glutamina
3.6   Suplementos Ergogénicos: Bebidas Energéticas (Cafeína e Hidratos de Carbono)

4.Hidratação
4.1 Que Quantidade de Água Precisamos?
4.2 Hidratação: Como Avaliar o Estado da Hidratação
4.3 Hidratação e Exercício: Hipohidratação e Hiponatremia

5.Tópicos Especiais
5.1 AARR - A Tríade da Mulher Atleta – Epidemiologia, Endocrinologia, Avaliação e Intervenção Nutricional
5.2  AARR – Os Efeitos da Nutrição e Exercício no Sono 1/3: Macros, Restrição Energética,  Horário e Composição das Refeições
5.3   AARR - Os Efeitos da Nutrição e Exercício no Sono 2/3: Micronutrientes e Sono
5.4    Características da Pseudociência, Pensamento Conspiracionista e Negacionismo
 

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Que Quantidade de Hidratos de Carbono se Pode Armazenar?


Após ingestão, os hidratos de carbono têm 4 destinos metabólicos (1,2):

1.Usado como substrato e oxidado em vários tecidos do corpo, principalmente como glicose;
2. Armazenado como glicogénio no músculo-esquelético (80%) e no fígado;
3. Armazenado como triacilglicerol;
4. Convertido em moléculas de glicose em percursores de C3 na área visceral abdominal e no fígado onde são usados como substratos para gliconeogénese.

Que Quantidade de Proteína se Consegue Armazenar?


Após digestão as proteínas são hidrolizadas em aminoácidos e chegam à pool de aminoácidos intracelular, uma pool metabólica limitada em tamanho e não expandível (1,2). Dessa pool os aminoácidos podem seguir 3 caminhos principais (1):

1. Aminoácidos podem ser usados para síntese de novas proteínas endógenas e outras substâncias biológicas;
2. Aminoácidos podem ser irreversivelmente oxidados pelo corpo, gerando ureia (+amoníaco) e dióxido de carbono (CO2) como produtos finais terminais (ver o processo de ureiagénese) e;
3. Aminoácidos podem ser convertidos noutros compostos (gluconeogénese).

Hidratação - Homeostase e Equilíbrio Dinâmico


O equilíbrio dos fluidos dentro do corpo é mantido via mecanismos homeostáticos (1). O corpo mantém um constante estado de equilíbrio dinâmico, os fluidos podem mover-se para redistribuição sob necessidade, mas tem um limite muito restrito para a quantidade de volume e concentração que permite. O corpo tenta manter o volume exacto em todos os 3 espaços interiores.

Ciência da Hipertrofia – Treino Concorrente



Treino com resistência combinado com exercício aeróbico num único programa é conhecido como treino concorrente (1).

Wilson e colegas fizeram uma meta-analise de 21 estudos com um total de 422 tamanhos de efeito. Treino concorrente resulta em diminuições em força, hipertrofia e potência (embora no geral a potência seja a variável mais afectada), contudo enquanto alguns indivíduos têm perda de força outros ganham força. O efeito de interferência pode ser um resultado de sobretreino funcional ou não funcional e estimula adaptações competitivas ao longo de um programa ao longo prazo.

Ciência da Hipertrofia – Os Efeitos do Destreino


Geralmente a hipertrofia torna-se evidente após 3-4 semanas de treino com resistência (1,2,3), no entanto períodos de destreinamento devem ser também considerados. Um estudo examinou treino e destreino em 4 sujeitos durante 100 dias. O ritmo de atrofio observado durante a fase de destreino (40 dias) foi o mesmo que ritmo de hipertrofia na fase de treino (60 dias) (4).

AARR – Efeitos da Nutrição e Exercício no Sono Parte 2: Micronutrientes e Sono



Resumo

Tal como com a proteína, hidratos de carbono e gordura, o sono pode ser afectado pela ingestão de vitaminas e minerais ou a falta deles. Alguma pesquisa sugere que deficiência de B6 pode promover stress psicológico e distúrbios de sono e que tratamento com vitamina B6 pode ajudar com insónia. B12 pode encurtar a duração do ritmo de vigília-sono e afectar o aspecto circadiano da propensidade ao sono. Outros estudos sugerem que o complexo de vitamina B pode ajudar no tratamento de câimbras nocturnas nas pernas.

Deficiência em ferro pode ter um papel no Síndrome das Pernas Irrequietas ou Distúrbio dos Movimentos Periódicos dos Membros e uma limite específico reserva de ferro (ferritina) foi identificado.

A vitamina D tem um papel importante no controlo do sono no tronco encefálico, e é sugerido ter efeitos centrais directos no sono. Deficiência de vitamina D está relacionada com vários distúrbios de sono tais como excessiva sonolência diária, apnea de sono e síndrome de pernas irrequietas.

5-HT, Ácido gama-aminobutírico (GABA), orexina, hormona concentradora de melanina, colinérgico, galanina, noradrenalina, e histamina são todos neurotransmissores relacionados com o ciclo vigília-sono e podem ser usados como intervenções nutricionais para influenciar o sono. O Magnésio é também discutido.

Artigo principal, AARR, Outubro 2016.
2576 palavras, 120 referências
Artigo completo em www.alanaragon.com/aarr