Treino
com resistência combinado com exercício aeróbico num único programa é conhecido
como treino concorrente (1).
Wilson
e colegas fizeram uma meta-analise de 21 estudos com um total de 422 tamanhos
de efeito. Treino concorrente resulta em diminuições
em força, hipertrofia e potência (embora no geral a potência seja a
variável mais afectada), contudo enquanto alguns indivíduos têm perda de força
outros ganham força. O efeito de interferência pode ser um resultado de sobretreino funcional ou não funcional
e estimula adaptações competitivas
ao longo de um programa ao longo prazo.
Sinais
específicos impostos por variações na duração, modalidade e tipo de exercício
são reconhecido pelo tecido muscular (2). As adaptações para cada modalidade
são muito diferentes e na maior parte dos casos entram em conflito umas
com as outras, e são também primeiramente específicas à região corporal. O treino
de resistência aumenta preferencialmente a síntese proteica na subfração
mitocondrial (2,3) enquanto que treino com
resistência (peso) aumenta preferencialmente a síntese proteica na subfracção
miofibrilar (1,2).
Outro
exemplo, exercícios de resistência podem diminuir
a velocidade de contracção das fibras rápidas (5 vezes mais rápidas) e
aumentar a velocidade de contracção das fibras lentas após 10 dias de treino, e
interessantentemente voltam à velocidade normal após um período de destreino
(4).
Há
também conversão de fibras, Kraemer e colegas observaram que treino concorrente
pode resultar numa conversão de fibras do tipo IIB para IIA, em termos de
percentagem; e em termos de área foi observado um aumento significativo nas
fibras tipo IIA (5). Estes dados sugerem que as fibras tipo I aumenta, e também
que as do tipo IIA aumentam às custas da diminuição das do tipo IIB
(conversão).
No
grupo de resistência apenas, as fibras IIA e IIC aumentaram em percentagem com
uma decréscimo em IIB; áreas para tipo I e IIC diminuiram resultando em alguma
perda muscular (este grupo fez cardio de longa duração e também treino
intervalado de alta intensidade (HIIT), e o HIIT pode ter tido um papel
importante no aumento das percentagens observadas). No grupo de força apenas, o
auemento em IIA foi maior a um cutos maior da conversão de IIB, e todas as
áreas para tipo I, IIC e IIA aumentaram (5).
Treino
de resistência antes de treino de força/pesos impede a sobregulação da iniciação
da translação via sinalização PI3K-AKT-mTOR
(1,6,7); e inibe factores de elongação (eef2) importantes responsáveis por
aumentar a síntese proteica e mantêm esta inibição ao longo da duração da
actividade (1,8).
No treino
concorrente, corrida, mas não ciclismo,
resulta em maiores decréscimos
significativos em hipertrofia e força (1), possivelmente devido ao ciclismo
ser biomecânicamente mais similar a alguns exercícios executados em treino de força.
Corrida tem também uma forte componente excêntrica contrariamente ao ciclismo
que consiste primariamente de acção concêntricas.
Acções excêntricas resultam em mais danos, aumentando os danos musculares na corrida de longa distância. Mais ainda, sprints (ciclismo) ou HIIT (corrida) simula exercícios e intensidades muitas vezes executadas em treino de força e devem ser usados nos dias sem treino, se necessário por alguma razão.
Acções excêntricas resultam em mais danos, aumentando os danos musculares na corrida de longa distância. Mais ainda, sprints (ciclismo) ou HIIT (corrida) simula exercícios e intensidades muitas vezes executadas em treino de força e devem ser usados nos dias sem treino, se necessário por alguma razão.
Referências:
1. Wilson, JM, Marin, PJ, Rhea, MR, Wilson, SMC, Loenneke, JP,
and Anderson, JC. Concurrent training: A meta-analysis examining interference
of aerobic and resistance exercise. J Strength Cond Res 26(8): 2293–2307, 2012
2. Sarah B. Wilkinson, Stuart M. Phillips, Philip J. Atherton, Rekha
Patel, Kevin E. Yarasheski, Mark A. Tarnopolsky and Michael J. Rennie.
Differential effects of resistance and endurance exercise in the fed state on
signalling molecule phosphorylation and protein synthesis in human muscle. J
Physiol 586.15 (2008) pp 3701–3717
3. MacLean, DA, Graham, TE, and Saltin, B. Branched-chain amino acids
augment ammonia metabolism while attenuating protein breakdown during exercise.
Am J Physiol 267: E1010–E1022, 1994.
4. R. H. Fitts , D. L. Costill , P. R. Gardetto. Effect of swim exercise
training on human muscle fiber function. Journal of Applied PhysiologyPublished
1 January 1989Vol. 66no. 1, 465-475
5. W. J. Kraemer , J. F. Patton , S. E. Gordon , E. A. Harman , M. R.
Deschenes , K. Reynolds , R. U. Newton , N. T. Triplett , J. E. Dziados.
Compatibility of high intensity strength and endurance training on hormonal and
skeletal muscle adaptations. Journal of Applied PhysiologyPublished 1 March
1995 Vol. 78no. 3, 976-989
6. Creer, A, Gallagher, P, Slivka, D, Jemiolo, B, Fink, W, and Trappe,
S. Influence of muscle glycogen availability on ERK1/2 and Akt signaling after
resistance exercise in human skeletal muscle. J Appl Physiol 99: 950–956, 2005.
7. Hawley, JA. Molecular responses to strength and endurance training:
Are they incompatible? Appl Physiol Nutr Metab 34: 355–361, 2009.
8. Ogasawara R, Loenneke JP, Thiebaud RS, and Abe T. Low-load bench
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