Sérgio Fontinhas. The female athlete triad – Epidemiology,
endocrinology, assessment and nutritional intervention. Main article, AARR, May
1st, 2016.
Resumo
O
termo “Triade da mulher atleta” refere-se ao padrão de sintomas
inter-relacionados de transtorno
alimentar, amenorreia e osteoporose em atletas femininas. Quando estas três
condições médicas estão presentes os
efeitos são sinergísticos e causam um maior impacto negativo na saúde que
cada um deles em separado.
Desordens
menstruais são associadas não apenas com exercício intensivo, mas também com pouco
peso corporal e pouca gordura corporal. Desordens menstruais prolongadas têm um
efeito negativo na qualidade e quantidade das lipoproteínas, que favorece a
formação de aterosclerose.
Há
um limite crítico de disponibilidade energética de 30kcal/kg de massa magra,
abaixo do qual há várias complicações clínicas severas. Todos os tipos de
distúrbios do ciclo menstrual induzidos por exercício podem ser observados
abaixo de 30kcal/kg de massa magra.
Como
a secreção pulsatória da HL depende da disponibilidade energética, é
interrompida dentro de 5 dias se a disponibilidade energética é reduzida mais
que 33% de 45 a 20-30kcal/kg de massa magra. Baixa disponibilidade energética instiga a libertação de cortisol e
altos níveis de cortisol estão associados com distúrbios no sistema reprodutivo
e com um directo efeito na densidade mineral óssea.
Há uma diminuição significativa de densidade óssea em atletas que sofrem
de amenorreia e oligomenorreia e mesmo até após os ciclos menstruais serem
restaurados a densidade óssea pode permanecer significativamente baixa comparada
com o valor médio. A densidade mineral óssea reflecte a história cumulativa de
disponibilidade energética e estado menstrual, factores genéticos, e a
exposição de factores nutricionais e comportamentais associados com transtorno
alimentar.
Tipicamente,
a maioria das atletas apenas tem hábitos de transtorno alimentar em vez de uma
desordem alimentar tal como anorexia nervosa ou bulimia nervosa. Jejum, compulsão alimentar periódica, uso de comprimidos para dieta, laxantes, e diuréticos são todos sinais de
transtorno alimentar. Tais práticas baixam a disponibilidade energética.
A causa fundamental da desordem menstrual é desequilíbrio energético abaixo de
30 kcal/kg de massa magra por dia. Isto é geralmente visto em desportos que
salientam baixos níveis de gordura corporal e peso corporal que pode resultar
em transtorno alimentar, e pode potencialmente ser fatal.
Aumentos
da disponibilidade energética podem reverter distúrbios menstruais quando o
exercício persiste, mas a restauração do período pode demorar aproximadamente 6
meses ou 9-12 semanas, contudo o tempo
médio pode ser mais que 1 ano.
Atletas
de diferentes desportos têm baixo nível de conhecimento em relação a potenciais
efeitos na saúde de disfunções menstruais não tratadas. Atletas femininas
também têm conhecimento insuficiente em nutrição desportiva e usam práticas
nutricionais inadequadas que conduzem a baixa disponibilidade energética e deficiências nutricionais que podem
inibir a função reprodutora. As dietas são deficientes em vários
micronutrientes e fibra. Pode demorar até 3 meses para que a intervenção
nutricional consiga mudar os hábitos das atletas.
Conteúdo
1. Intro
1.1 Epidemiologia de transtornos alimentares
1.2 Epidemiologia da amenorreia
1.1 Epidemiologia de transtornos alimentares
1.2 Epidemiologia da amenorreia
2. Endocrinologia
2.1 Disponibilidade energética e a tríade
2.1 Limite crítico da disponibilidade energética
2.2 Pulsatilidade da HL
2.3. Densidade mineral óssea
2.1 Disponibilidade energética e a tríade
2.1 Limite crítico da disponibilidade energética
2.2 Pulsatilidade da HL
2.3. Densidade mineral óssea
3. Avaliação da tríade
3.1 Avaliação de transtornos alimentares
3.2 Avaliação do estado menstrual
3.3 Equilíbrio energético
3.4 Avaliação do estado nutricional
3.5 Avaliação do gasto energético total e disponibilidade energética
3.1 Avaliação de transtornos alimentares
3.2 Avaliação do estado menstrual
3.3 Equilíbrio energético
3.4 Avaliação do estado nutricional
3.5 Avaliação do gasto energético total e disponibilidade energética
4. Intervenção nutricional não-farmacológica
Artigo principal, AARR, 1 de Maio, 2016
3700+ palavras, 113 referências
Disponível em www.alanaragonblog.com/aarr
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