Hipertrofia - Suplementos vs. 600mg de Testosterona, e Hipersensíveis

É possível ganhar grandes quantidades de massa muscular e massa magra corporal num intervalo de tempo relativamente curto (5-12 semanas)? Publicações recentes e controversas mostram grandes aumentos em massa magra corporal em 12 semanas, que muitos acham ser bom demais para ser verdade, mas tais resultados não são sem precedentes na literatura. 


HMB/ aminoácidos

Em 2009 Kraemer e colegas (1) examinaram os efeitos de uma fórmula de aminoácidos essenciais com HMB em marcadores hormonais e de danos musculares em resposta a 12 semanas de treino com resistência.

Mais precisamente um grupo recebeu um suplemento MA contendo 1.5g de HMB, 7g de arginina, 7g de glutamina, 3g de taurina, e 5.824g de dextrose, enquanto outro grupo recebeu um suplemento de controlo isocalórico com aminoácidos não essenciais (10g de glicina, 11.5g de alanina, 1.5g de ácido glutâmico, e 1.5g de serina) e citrato de cálcio (200mg de cálcio).

Os sujeitos foram 17 homens saudáveis com actividade recreativa. O treino consistiu de uma periodização não-linear ondulada dividida em dias “leves”, “moderados” e “pesados”.

O programa de exercício trabalhou os grupos musculares principais e incluiu os seguintes exercícios (ou variações deles) em cada sessão: supino, agachamento, lunges, press de ombro, peso morto stiff, puxada pela frente, remada sentado, elevação de gémeos, e abdominais.


A composição corporal foi avaliada com DEXA. Após 12 semanas a massa total e massa magra aumentou e a percentagem de gordura corporal diminuiu em ambos os grupos, mais melhores resultados em composição corporal foram potenciados pela suplementação MA.

Números precisos não foram reportados, mas pelo gráfico parece ser um aumento de cerca de 9kg de massa magra corporal e uma diminuição em percentagem de gordura de 5% para o grupo MA.


Ambos os grupos aumentaram a circunferência dos bíceps, pernas e peito; contudo sem alterações na circunferência da cintura.

Os melhores resultados para o grupo MA foram provavelmente atribuídos às “propriedades anti-catabólicas” dos seus ingredientes: o catabolismo é reduzido pelo HMB, arginina e glutamina”.

Sujeitos treinados

Suplementação com ATP

Em 2013 começou uma série de estudos com resultados impressionantes em sujeitos treinados do mesmo grupo de pesquisadores a Universidade da Tampa por Wilson e colegas (2,3,4).

O primeiro (randominzado, duplo-cego, placebo e controlo de dieta com grupos paralelos) examinou os efeitos de 400mg por dia de Adenosina-5-trifosfato (ATP) com um programa periodizado com resistência durante 12 semanas (2).
O programa de treino foi dividido em 3 fases:
- Fase 1 consistiu de uma periodização não-linear 3 vezes por semana durante as primeiras 8 semanas, modificado do estudo anterior de Kraemer (1);
- Fase 2 com 2 semanas de um ciclo de sobretreinamento funcional durante as semanas 9 e 10.
- Fase 3 de recuperação ou “tapering” durante as duas últimas semanas.

Duas semanas antes do estudo e durante o estudo, os participantes foram colocados numa dieta de 25% de proteína, 50% de hidratos de carbono e 25% de gordura. Os participantes tiveram consultamento em grupo com um nutricionista desportivo e receberam planos individuais duas semanas antes do início do estudo. O aconselhamento nutricional continuou de forma individual durante o estudo.

A composição corporal (massa magra corporal, massa gorda e massa total) foi determinada por DEXA, e a hipertrofia do músculo-esquelético determinada por ultrassonografia dos músculos vasto lateral e vasto intermédio.

A massa magra corporal aumentou em 4kg (vs. 2kg) e a percentagem de gordura desceu em 3.5% (vs. 2.4%) após 12 semanas, no grupo ATP (2).


De notar que na semana 8 o grupo de placebo já tinha ganho 2.7kg de massa magra mas perdeu 0.7kg e desceu para 2kg após o ciclo de sobretreino funcional na semana 12.

Suplementação com HMB-FA

O próximo estudo investigou os efeitos de 12 semanas de HMB-FA em massa muscular, força e potência e indivíduos treinados também durante 12 semanas e com o mesmo programa de treino (3).

Receberam o mesmo controlo nutricional que antes: 25% proteína, 50% hidratos de carbono e 25% de gordura; planos individuais e aconselhamento nutricional individual ao longo do estudo.

Adicionalmente desta vez foram avaliados registos alimentares de 3 dias ao início, meio e semana final do estudo que revelou uma deita consistente com 22% de proteína, 45% de hidratos e 33% de gordura, sem diferenças entre grupos.

Suplementação com HMB-FA resultou num aumento de massa corporal e magra significativo. A massa magra aumentou em 7.5kg e a gordura corporal desceu em cerca de 5.4kg.

Suplementação com HMB-FA também resultou em aumentos significativos em tamanho muscular dos quadríceps comparado com o grupo de placebo.


Pelas 4 semanas o grupo de HMB-FA já tinha uma vantagem de +2.1 kg sob o grupo de placebo, o que continuou até ao final.

Se olharem bem pelas 8 semanas o grupo de placebo tinha +2.9 kg, e seria possível que se não fosse pelo ciclo de sobretreino funcional teriam continuado a fazer progresso em vez de diminuir os ganhos. Vendo os dados de danos musculares no grupo de placebo aumentou nessa altura mais que nas 8 semanas anteriores, e era o dobro dos danos musculares no grupo de HMB-FA durante o sobretreino funcional.

O aumento em danos musculares e perda de massa magra sugere que o sobretreino funcional foi demais para o grupo placebo, e que se tivessem continuado a primeira fase até ao final a massa magra iria provavelmente continuar a aumentar, novamente pelas 8 semanas ia nos 2.9 kg.


HMB-FA/ATP

O último estudo combina os efeitos de HMB-FA e ATP com o mesmo programa de exercício (4). A massa magra corporal aumentou com HMB-FA/ATP em 12.7% ou 8.5kg, e a percentagem de massa magra desceu em 8.5% após 12 semanas.

Para o grupo de placebo podemos ver a mesma tendência que antes, os sujeitos a ganharem aparentemente 4% de massa maga pelo gráfico (2.8kg) após 8 semanas e depois a diminuir cerca de 1.9% para aproximadamente 3% ou “2.1kg” de massa magra após 12 semanas.

Similarmente, a percentagem de gordura desceu em 2.4 e 8.5% no grupo de placebo e suplementação respectivamente. 


600mg de Testosterona

Bhasin e colegas fizeram uma série de estudos para investigar os efeitos de administração e testosterona exógena (5,6,7,8). De interesse particular é o primeiro em 1996 que também teve um grupo de treino combinado com 600mgde testosterona enantato (5). Os outros grupos ou receberam apenas testosterona sem treino, ou placebo, ou apenas treino. Todos os outros estudos investigaram apenas a administração de doses gradualmente aumentadas de testosterona (sem treino).

Brevemente, o que é perfeitamente claro e sem qualquer controvérsia neste conjunto de estudos clássicos é que a testosterona apenas sem treino produz aumentos significativos em massa magra total e hipertrofia do músculo-esquelético, numa relação dose-resposta, significando que quanto mais testosterona mais ganhos!

Estes estudos foram muito bem executados nos quais:

- Suprimiram a produção de testosterona endógena para isolar os efeitos;
- Mediram a massa magra total com DEXA;
- Mediram e observaram um aumento nos quadríceps e tríceps (5); aumento em volume muscular e área transversal em quadríceps e vasto lateral nas fibras tipo I e II (7,8), e;
- Mediram e observaram um aumento em número de células satélite e mionuclear (7);
- Até controlaram o aumento de água corporal total (massa magra) vs. retenção de água para determinar se as alterações aparentes na massa magra medidas por DEXA e pesagem hidrostática representavam retenção de água. O aumento não representou retenção de água em excesso do associado com acreção proteica (6).

Estes estudos incomodam alguns e induzem desconforto e dissonância cognitiva extrema em algumas pessoas que não vão ou nem conseguem admitir e aceitar os efeitos atribuídos à testosterona apenas (mesmo sem exercício) e continuam a argumentar ser dos treinos e dietas especiais, principalmente os que querem promover os seus serviços. Se esse é o caso então porque razão usam?! Mas isso é para assunto para outra ocasião.

Como mencionados antes, um estudo combinou 600mg de testosterona com treino (5). O treino consistiu em levantamento de peso com alta intensidade (90%RM), média intensidade (80% RM), e menor intensidade (70%RM) em 3 dias não consecutivos por semana. O treino  foi mantido constante em 4 séries com 6 repetições por série para supino e agachamento.

Sujeitos tinham experiência de treino.



Após 10 semanas houve um aumento de 6kg em massa magra em 10 semanas (5). A percentagem de gordura corporal não se alterou significativamente em qualquer grupo.

De notar que a testosterona apenas produziu 3kg de massa magra (maior que 2kg só com treino) e juntamente com exercício os resultados foram o dobro (6kg), sugerindo que o exercício tem um papel fundamental em aumentar os ganhos com testosterona, até certo ponto!

Para uma perspectiva aqui fica um gráfico comparando os ganhos destes 4 estudos (5,2,3,4): 

Imagem de Joseph Agu

Se esticarmos o estudo de Bhasin para 12 semanas, assumindo uma resposta linear ao longo do tempo e 600g de massa magra por semana, os ganhos seriam 7.2kg vs. 4kg vs. 7kg vs. 8.5kg.

Discussão

Noutros artigos podem ler sobre os maiores ganhos jamais registados, genética e hiper-sensíveis, e para não tornar este demasiado longo:

Em resumo, é claro que certos métodos de exercício podem produzir grandes resultados, e que alguns são hiper-sensíveis a hipertrofia, com grandes aumentos em tamanho muscular:


Isto é sem suplementos e com um programa de treino básico. Estes resultados são tipicamente observados em não-treinados.

Os programas de treino entre estes estudos são muito diferentes, com programas  básicos para os não-treinados para 2 ou 3 músculos apenas (como a maioria dos estudos), com a excepção de Kraemer (2009) com um programa de treino do corpo inteiro e periodização ondulada (e com suplementação).

Reproduzir tais resultados em população treinadas é outro jogo e mais difícil. Os estudos de Wilson e colegas foram todos com sujeitos treinados, com um treino de corpo inteiro ainda mais avançado que duro que Kraemer e colegas, e com suplementação. Estes estudos também resultaram em perda de gordura (não visto nos outros).

Se esticarmos o estudo com testosterona para 12 semanas com a suposição que segui acima, os ganhos iram ser iguais ao estudo com HMB-FA (3) e apenas seriam “melhores que com testosterona” para o último estudo com HMB-FA e ATP (4).

Tais resultados em populações treinadas são para serem encarados com grande cepticismo. Se os sujeitos foram cuidadosamente seleccionados como hiper-sensíveis (como salientado pelos autores), e tiverem um treino avançado e suplementação os resultados são mais plausíveis.

Temos também de ter em conta que os estudos de Wilson tiveram controlo de dieta (raro em estudos destes), com 23-25% de proteína ao longo do estudo.

Para um grupo de sujeitos com uma média de 83 kg, 179 cm de altura, e 21 anos de idade como no estudo só com HMB-FA por exemplo (3), e calculando o dispêndio energético (Harris-Benedict) com factor de actividade moderado (1.76) estamos a lidar com uma estimativa de calorias de manutenção de peso de 3450 kcal, e tendo em conta 25% de calorias da proteína estamos a lidar com 215g e 2.6g/kg de proteína por dia.

Vejamos agora outro estudo por Jose Antonio e colegas (9), em sujeitos treinados com um grupo a consumir uma deita normal de proteína com 2.3g/kg com treino de corpo inteiro dividido durante a semana. A composição corporal foi avaliada por densitometria do corpo todo usando deslocamento de ar com Bod Pod.


Para o grupo de proteína normal (2.3g/kg) e também para o grupo com proteína alta vemos uma aumento médio em massa magra de +1.5 kg em 8 semanas, mas felizmente temos dados individuais que são mais esclarecedores sobre o que pode acontecer:


Vêm aqueles 4 sujeitos no grupo NP com +2kg, e os outros 2 lá em cima acima de +4kg? E os 3 do grupo HP lá em cima nos +6kg em apenas 8 semanas?! O mesmo acontece com dos dados de gordura corporal. 

“Nos extremos, alguns sujeitos nos grupos ganharam até cerca de 7kg de massa magra e perderam até 4kg de massa gorda. No outro sentido, alguns sujeitos perderam massa magra e outros ganharam massa gorda” (9).

Enquanto que o estudo de Bhasin teve sujeitos treinados mas com um treino básico, os outros estudos tiveram sujeitos treinados (e possivelmente hipersensíveis) e um treino de corpo inteiro com periodização ondulada.

Mesmo comparando o grupos de placebo dos estudos:
- No estudo com ATP o grupo de placebo já tinha +2.7kg de massa magra após 8 semanas, mas perderam 0.7kg para 2kg após o ciclo de sobretreino funcional passado 12 semanas (2);
- No estudo com HBM-FA o grupo de placebo já tinha +2.9kg de massa magra após 8 semanas, mas perderam 0.8kg para 2.1kg após o ciclo de sobretreino funcional passado 12 semanas (3);
- No estudo com HMB-FA+ATP o grupo de placebo ja tinha +2.8kg de massa magra após 8 semanas, de perdeu 0.7kg para 2.1kg após o ciclo de sobretreino funcional passado 12 semanas (4);
- No estudo com testosterona o grupo de placebo ganhou +2kg de massa magra após 10 semanas (5).

Isto significa que todos os grupos de placebo de Wilson tinham mais ganhos (2.7-2.9kg) que o grupo de placebo da testosterona (2.1kg), e em menos tempo (8 semanas vs. 10 semanas). Após 8 semanas contudo todos desceram para 2.0-2.1kg devido ao ciclo de sobretreino funcional.

Podemos assumir que continuariam a ter progresso se não tivessem intencionalmente feito sobretreino funcional e talvez ir de +2.9kg para +4kg nas últimas 4 semanas? Possivelmente. Penso que é razoável assumir que o protocolo de treino teve também um efeito nos resultados excepcionais.

Certamente HMB-FA ou HMB-FA+ATP não é melhor que 600mg de testosterona, mas talvez se combinarmos um treino de corpo todo com periodização ondulada durante 12 semanas (vs. 10) e usarmos sujeitos (treinado) hipersensíveis com proteína alta os resultados se possam aproximar de 600mg de T e com um exercício básico apenas com supino e agachamento (70-80-90%RM), talvez.

Tendo também visto dos dados da testosterona (não publicados) do estudo com HMB-FA (3), o valor médio de todos os sujeitos estava entre 627-653, com alguns entre os 800-930 e um sujeito até acima de 1000 (os valores flutuaram um pouco ao longo das 12 semanas). Os sujeitos  tinham em média 21.6 anos. Talvez estes indivíduos entre os já “cuidadosamente seleccionados” foram ainda mais excepcionais ou outliers e influenciaram a média? Vejam estes 2 rapazes aqui o topo noutro estudo: 

Outros “truques” que podem ser usados é destreinar e então treinar sujeitos para as experiências, ou até depletar hidratos de carbono pré-estudo e fazer carga no final para as medições com DEXA, que podem fazer “ganhar” 2kg adicionais de massa magra (como água).

Como nota final, não estou a argumentar ou a defender os estudos de Wilson e colegas, que precisam ser replicados e parece que um está em progresso, apenas a apresentar algumas evidências dos maiores ganhos jamais registados noutros estudos, e a oferecer contexto e perspectiva sobre o que pode ser possível se as condições (métodos de treino, programas de exercício e suplementos) e populações certas são combinadas. 


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Referências:

1. KRAEMER, W. J., D. L. HATFIELD, J. S. VOLEK, M. S. FRAGALA, J. L. VINGREN, J. M. ANDERSON, B. A. SPIERING, G. A. THOMAS, J. Y. HO, E. E. QUANN, M. IZQUIERDO, K. HAKKINEN, and C. M. MARESH. Effects of Amino Acids Supplement on Physiological Adaptations to Resistance Training. Med. Sci. Sports Exerc., Vol. 41, No. 5, pp. 1111–1121, 2009.
2. Jacob M Wilson1, Jordan M Joy, Ryan P Lowery, Michael D Roberts, Christopher M Lockwood, Anssi H Manninen, John C Fuller Jr., Eduardo O De Souza, Shawn M Baier, Stephanie MC Wilson and John A Rathmacher. Effects of oral adenosine-5-triphosphate supplementation on athletic performance, skeletal muscle hypertrophy and recovery in resistance-trained men. Nutr Metab (Lond). 2013 Sep 22;10(1):5 Eur J Appl Physiol.
3. Jacob M. Wilson, Ryan P. Lowery, Jordan M. Joy, J. C. Andersen, Stephanie M. C. Wilson, Jeffrey R. Stout, Nevine Duncan, John C. Fuller, Shawn M. Baier, Marshall A. Naimo, John Rathmacher. The effects of 12 weeks of beta-hydroxy-beta-methylbutyrate free acid supplementation on muscle mass, strength, and power in resistance-trained individuals: a randomized, double-blind, placebo-controlled study. Eur J Appl Physiol. 2014 Jun;114(6):1217-27
4. Lowery, RP, Joy, JM, Rathmacher, JA, Baier, SM, Fuller, JC Jr, Shelley, MC II, Ja ger, R, Purpura, M, Wilson, SMC, and Wilson, JM. Interaction of beta-hydroxy-beta-methylbutyrate free acid and adenosine triphosphate on muscle mass, strength, and power in resistance trained individuals. J Strength Cond Res 30(7): 1843–1854, 2016
5. Shalender Bhasin, M.D., Thomas W. Storer, Ph.D., Nancy Berman, Ph.D., Carlos Callegari, M.D., Brenda Clevenger, B.A., Jeffrey Phillips, M.D., Thomas J. Bunnell, B.A., Ray Tricker, Ph.D., Aida Shirazi, R.Ph., and Richard Casaburi, Ph.D., M.D. The Effects of Supraphysiologic Doses of Testosterone on Muscle Size and Strength in Normal Men. N Engl J Med 1996; 335:1-7July 4
6. Shalender Bhasin, Linda Woodhouse, Richard Casaburi, Atam B. Singh, Dimple Bhasin, Nancy Berman, Xianghong Chen, Kevin E. Yarasheski, Lynne Magliano, Connie Dzekov, Jeanne Dzekov, Rachelle Bross, Jeffrey Phillips, Indrani Sinha-Hikim, Ruoquing Shen, Thomas W. Storer. Testosterone dose-response relationships in healthy young men. Am J Physiol Endocrinol Metab 281: E1172–E1181, 2001
7. Indrani Sinha-Hikim, Jorge Artaza, Linda Woodhouse, Nestor Gonzalez-Cadavid, Atam B. Singh, Martin I. Lee, Thomas W. Storer, Richard Casaburi, Ruoquing Shen, Shalender Bhasin. Testosterone induced increase in muscle size in healthy young men is associated with muscle fiber hypertrophy. Am J Physiol Endocrinol Metab 283: E154–E164, 2002.
8. Linda J. Woodhouse, Suzanne Reisz-Porszasz, Marjan Javanbakht, Thomas W. Storer, Martin Lee, Hrant Zerounian, and Shalender Bhasin. Development of models to predict anabolic response to testosterone administration in healthy young men. Am J Physiol Endocrinol Metab 284: E1009–E1017,2003
9. Jose Antonio*, Anya Ellerbroek, Tobin Silver, Steve Orris, Max Scheiner, Adriana Gonzalez and Corey A Peacock. A high protein diet (3.4 g/kg/d) combined with a heavy resistance training program improves body composition in healthy trained men and women a follow-up investigation. Journal of the International Society of Sports Nutrition (2015) 12:39