Bebidas energéticas contêm água, hidratos
de carbono, vitaminas, minerais, com o objectivo de aumentar a energia, alerta,
metabolismo, e ou performance (cafeína, taurina, aminoácidos,
glucoronolactona...) (1).
A cafeína é
o ingrediente mais comum, e é absorvida
em 30-60 minutos (2). A cafeína estimula o sistema cardiovascular e aumenta
a epinefrina (3,4), aumenta a vigilância durante exercício exaustivo, e
períodos de privação de sono sustida.
Bebidas energéticas com aproximadamente 2mg/kg de peso total consumidas 10-60
minutos antes de exercício anaeróbico/com resistência pode aumentar o
volume de carga total, e melhorar a performance em ciclismo e corrida (1).
Ingestão de hidratos
de carbono durante o exercício pode melhorar a capacidade de resistência
(5,6), através da manutenção de níveis de glicose no sangue, altos níveis e de
oxidação de hidratos de carbono (1g por minuto), enquanto poupa o glicogénio
muscular e hepático (7).
Bebidas energéticas têm também uma pequena quantidade
de vitaminas (B6, B12, C e ácido pantoténico) e eletrólitos (sódio, potássio,
fosforo, etc).
Bebidas energéticas podem melhorar a disposição, tempo de reacção, e ou marcadores de alerta,
mais provavelmente devido ao valor ergogénico da cafeína e ou hidratos de
carbono.
A cafeína pode
aumentar o ritmo metabólico e o ritmo de lipólise. 200-500mg de cafeína (típico de suplementos
termogénicos) podem aumentar o dispêndio energético agudo (1-24), ou
crónicamente (28 dias) (8) e aumentar os
ácidos gordos livres no plasma, níveis de glicerol e secreção de catecolaminas
(1,8). A cafeína em bebidas energéticas varia entre 80-200mg, e não é
conclusivo se o uso diário de bebidas energéticas afectam o equilíbrio
energético a longo prazo e composição corporal (1).
Indivíduos com síndroma metabólico e ou diabetes devem
evitar o consumo de bebidas ou alimentos com alto valor glicémico. Mais
importantemente, indivíduos com doença cardiovascular devem evitar qualquer uso
de bebidas energéticas devido aos efeitos cardioestimulantes (1).
É prudente não consumir bebidas energéticas mais que
uma vez por dia, o consumo
indiscriminado pode resultar em eventos adversos e efeitos secundários adversos.
Gostarias de saber mais? Subscreve!
Referências:
1. Bill Campbell, Colin Wilborn, Paul La Bounty, Lem Taylor, Mike T
Nelson, Mike Greenwood, Tim N Ziegenfuss, Hector L Lopez, Jay R Hoffman,
Jeffrey R Stout, Stephen Schmitz, Rick Collins, Doug S Kalman, Jose Antonio and
Richard B Kreider. International Society of Sports Nutrition position stand:
energy drinks. Journal of the International Society of Sports Nutrition
2013, 10:1
2. Goldstein ER, Ziegenfuss T, Kalman D, Kreider R, Campbell B, Wilborn
C, Taylor L, Willoughby D, Stout J, Graves BS, et al: International society of
sports nutrition position stand: caffeine and performance. J Int Soc Sports
Nutr 2010, 7:5.
3. Graham TE, Hibbert E, Sathasivam P: Metabolic and exercise endurance
effects of coffee and caffeine ingestion. J Appl Physiol 1998, 85:883–889.
4. McLellan TM, Bell DG: The impact of prior coffee consumption on the
subsequent ergogenic effect of anhydrous caffeine. Int J Sport Nutr Exerc Metab
2004, 14:698–708.
5. Jeukendrup A, Brouns F, Wagenmakers AJ, Saris WH:
Carbohydrate-electrolyte feedings improve 1 h time trial cycling performance.
Int J Sports Med 1997, 18:125–129.
6. Jeukendrup AE: Carbohydrate intake during exercise and performance.
Nutrition 2004, 20:669–677.
7. Coyle EF, Coggan AR, Hemmert MK, Ivy JL: Muscle glycogen utilization
during prolonged strenuous exercise when fed carbohydrate. J Appl Physiol 1986,
61:165–172.
8. Roberts MD, Dalbo VJ, Hassell SE, Stout JR, Kerksick CM: Efficacy and
safety of a popular thermogenic drink after 28 days of ingestion. J Int Soc Sports Nutr 2008, 5:19.