Apesar
das recomendações para ingestão de água, uma melhor forma de monitorizar o
estado de hidratação poderá ser através de marcadores como a cor da urina (1).
Embora métodos de diluição para terminar o total de água corporal via medição
de osmolaridade do plasma sejam os mais precisos, válidos e meios mais
sensíveis, não são práticos para a maioria das situações (2,3), mas o peso total
corporal e cor da urina quando usados em conjunto são uma boa forma de avaliar
o estado de hidratação (2,3).
Alterações
significantes na cor da urina ocorrem dentro de 24h após se modificar a
ingestão de fluidos (16), sugerindo que se pode usar a cor como um modo simples
de avaliar o volume de água ingerido (17).
Logo pela
manhã a cor deve ser um amarelo claro (1), indicando uma presença normal
e esperada de alguns subprodutos do metabolismo produzidos durante a noite. Esta cor corresponde a um estado de
hidratação (4,5) (não deve parecer como água nem nada escuro), 5 urinações
destas por dia com duas após o treino é uma boa regra do polegar.
Sede é
inicialmente percebida quando há um défice no peso corporal de 1-2% (6,7),
consumo de fluidos deve ser adequado para evitar a percepção de sede. A sede
sinaliza qualquer desequilíbrio na osmolaridade de fluidos e tecidos (a
concentração de electrólitos), e a quantidade total de água no corpo (volume).
Desidratação
Desidratação é caracterizada por perda de peso,
confusão, pele seca quente ao toco, e possivelmente elevação de temperatura
corporal. Num clima quente, desidratação pode ser perigoso e resultar em danos
térmicos. Outras causas de desidratação podem ser diarreia em excesso, vómito
devido a disfunção gastro-intestinal, doença renal e medicações diuréticas.
A
sede pode ser um marcador pobre de hidratação devido ao atraso entre a
desidratação fisiológica e o sinal de sede. Populações especiais requerem mais
atenção, idosos são menos sensíveis ao mecanismo da sede devido à deterioração
da sensibilidade dos osmorreceptores (2,8,9,10,11,12); e crianças são inexperientes
ao interpretar a resposta da sede (13,14).
Idosos
estão também em maior risco de disfunção na filtração renal, o que resulta em
menor conservação de água (quando hidratados), dificultando ainda mais o
reconhecimento do estado de desidratação (15).
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Referências:
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Exerc. 39:377–390.
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LE, Maresh CM, Castellani JW, Bergeron MF, Kenefick RW, LaGasse KE, Riebe D:
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& Chiu P (2001). Influence of age on thirst and fluid intake. Med Sci
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